segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Começando, de verdade

Duvido que esse post consiga mais comentários que o primeiro, mas vamos lá! Hehe

Para começar, um pouco de filosofia.
Ainda no Ensino Fundamental, me deparei com a primeira frase de Jean Paul Sartre na minha vida: "O homem está condenado a ser livre". Gostei dela. Concordei com ela. Até mesmo porque é difícil discordar de Sartre, ainda mais quando se tem 13 ou 14 anos... Pensei, "poxa, que boa prisão essa!". Pura ingenuidade.
Marquei minha opção de profissão no vestibular odiando-a: maldita liberdade! Depois, esqueci da frase por alguns anos. Mas nessa última semana, ela não sai da minha cabeça.
Conheci uma artista plástica chamada Suzana. Uma artista que pinta para ser livre - ou para ter a sensação de liberdade. Mas é possível ser livre realmente? "É muito difícil", me disse ela. "Tudo o que fazemos segue uma ordem e depende de muita gente". É, temos objetivos em comum, e sofremos quando "estranhamente" tomamos uma decisão que vai contra o que a maioria faria. Aliás, em geral será que temos coragem para isso?
É tão mais fácil viver enjaulado...
Percebi como Sartre é conformista nessa frase. "O homem está condenado a ser livre" é como enfiar um comprimido do soma de Huxley goela abaixo. É ilusão. Também percebi na pele como Sartre é realista. Teoricamente poder e por suposta escolha própria não fazer é prisão perpétua.
Continuo odiando a liberdade. Não consigo ser Suzana. Descobri isso...

Amanhã trarei um assunto mais factual, mas deixo aí uma pinicada inicial.
O blog será diário, custe o que custar! (vamos ver se eu consigo uns trocados pelo merchandising... hehehe)

Adeus aos Cocos e as Bananas!

4 comentários:

Paula disse...

Mazá! Maldita liberdade, babe. Maldita liberdade.
E viva as pinicadas!

Alexandre Haubrich disse...

A idéia é exercer a liberdade dentro de certos limites, sendo que mesmo esses limites a gente tem a liberdade de mudar. O caso é que todos têm - ou deveriam ter - a mesma liberdade, então a liberdade utilizada sempre traz conseqüencias, pro bem ou pro mal. Mas a liberdade de tomar as atitudes sempre existe.

Kauê disse...

a liberdade é uma merda
mas, certamente, seu oposto é ainda pior
e, tenho que te contar/confessar uma coisa, deh
como sou preguiçoso demais, nunca li muitos textos teus, mas não costumava ser grande fã de vários dos que li
só que, ultimamente, tô achando que tu tem escrito cada vez melhor =]
sério, muito bom
(pode não parecer, mas foi um elogio... e vindo de um chato implicante, que não gosta de muita coisa, como eu, deve valer bastante... hehe)
e eu sou tri a favor de filosofices como essa ao invés do factual
factual é sem graça
=P

Débora disse...

Kauê, valeu pelo estranho elogio! heuheu Farei o possível pra agradar teu gosto bizarro.

Alexandre, que a liberdade existe, existe. Mas em que medida? Existe uma diferença entre ser, achar e se sentir.
Eu também posso ir a Lua se eu quiser, teoricamente...